Machado (2003),
a estrutura microscopia do córtex do cerebelo ele é dividido em três camadas:
a mais externa é a camada molecular, seguida pela camada de células de purkinje
e a camada granulosa que é a mais externa do córtex do cerebelo.
As células de purkinje são células bem
características e mais importantes do cerebelo, elas tem dentritos que se
ramificam intensamente atingindo a camada molecular do cerebelo eles tem um axônio
comprido que sai do córtex e faz sinapse no núcleos centrais do cerebelo, elas
exercem função inibitória sobre ele. A camada molecular é formada
principalmente por fibras paralelas e a camada granular, constituídas de
células granulares, estas vão emitir um axônio que quando chega na camada
granular vão se ramificar nas fibras paralelas que constituir principalmente a
camada molecular. Estas células granulares vão estabelecer sinapse com a célula
de Purkinje. As células que penetram no cerebelo e vão atingir o córtex e as
conexões intrínsecas ao cerebelo elas podem ser de duas formas através das
fibras mugosas que são terminações de todas as fibras que chegam no cerebelo,
estabelecem sinapse com os núcleos centrais di cerebelo e vão emitir
ramificações que vão fazer sinapse e as fibras trepadeiras que são axônios dos
neurônios que estão núcleo olivar e inferiores, elas penetram no cerebelo e se
enrolam ao redor dos axônios das células de Purkinje exercendo uma atividade excitatória sobre as mesmas, essas estão envolvidas no processo
de aprendizagem motora, também como as células granulares estas por sua vez fazem
sinapse com as células de Purkinje através das fibras paralelas.
MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia
funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003
Toda a
informação que chega no cerebelo chega através das fibras musgosas, elas
inicialmente fazem sinapse com os neurônios núcleos centrais do cerebelo. Ao
mesmo tempo a fibra musgosa ela ativa a célula granulosa e esta emite as fibras
paralelas que vão ativar as células de Purkinje estas ativadas agem sobre o
neurônio do núcleo central inibindo sua ação completando assim o circuito.
Esse circuito funciona com um estimulo externo que
chega ao cerebelo, este estimulo gera uma resposta através do núcleos centrais,
este é ativado pela fibra musgosa que traz o estimulo externo e o núcleo
central emite um axônio que sai do cerebelo com a resposta daquele estimulo.
Porém ao mesmo tempo essa fibra musgosa ativa a célula granulosa, esta através
da fibras paralelas ativam as células de Purkinje esta tem uma ação inibitória
sobre aquele núcleo central. Então a célula de Purkinje acaba modulando a ação
do núcleo central através da inibição fechando assim o circuito básico de
funcionamento do cerebelo.
MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia
funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003
O cerebelo como já dito é um órgão do Sistema
Nervoso central importante para a manutenção da postura do equilíbrio, dos
movimentos e juntamente aos núcleos do complexo olivar é importante para a
aprendizagem motora, não apenas em relação a motricidade mas cognitiva também.
O ato de repetir uma mesma atividade motora diversas vezes, passa a ser feita
de maneira cada vez mais e mais aperfeiçoada, isso significa que o sistema
nervoso aprende a executar as tarefas motoras repetitivas, o que provavelmente
envolve alterações estáveis no circuito nervoso. Segundo o autor o cerebelo é
responsável por esse processo através da fibras olivo-cerebelares, que quando chegam
ao córtex cerebelar são chamadas de fibras trepadeiras e fazem sinapse com as
células de Purkinje; essas fibras podem modular a excitabilidade das células de
Purkinje, em respostas ao impulso que elas recebem do sistema de fibras
musgosas e paralelas.
Mais recentemente, com base nos estudos das conexões
do córtex cerebelar com os núcleos centrais, foi proposta uma nova divisão do
cerebelo, ela tem sido muito usada por ser
mais coerente com os recentes achados do cerebelo, essa divisão se dá em
zonas, na divisão funcional do cerebelo,
que funciona assim: o lobo folículo modular corresponde ao vestíbulo de cerebelo
sendo a parte do cerebelo que faz ligação com os núcleos vestibulares, a zona
medial e intermédia corresponde ao espino cerebelo isso por que tem ligações
direto com a medula espinal. Por fim a zona lateral, ela vai ser chamada de
cérebro-cerebelo justamente porque essa zona tem ligações direta com o córtex
cerebral.
MACHADO,
M.B.A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003
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