quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Descrição Anatômica do Cerebelo



O cerebelo apresenta uma estrutura globosa, ocupa posição posterior ao tronco cefálico, inferior ao cérebro, ocupando boa parte da fossa posterior do crânio, cerca de um quarto do volume craniano no homem. Sua posição tem relação especial com o IV ventrículo. O tronco cefálico forma o assoalho do IV ventrículo e o cerebelo é o teto do quarto ventrículo. Sua parte externa é chamada de córtex cerebelar e é constituída de substância cinza a parte mais interna por substância branca onde são encontrados núcleos nervosos. (LENT, 2001 apud BASTOS et al., 2003).
Dividido em cerebelar direito e esquerdo, sua principal função é a coordenação motora e equilíbrio. Mais recentemente descobriu-se que o cerebelo não atuaria somente no controle dos movimentos, mas participaria ainda de funções mentais do indivíduo durante tare­fas motoras de natureza superior: linguagem, aprendizagem de movimentos complexos, execução de movimentos com conteúdo emocional etc (Lent, 2001). (BASTOS et al., 2013 p.92)

 A divisão cerebelar pode ser estudada pela linha média, estudo do vérmis cerebelar. O Vérmis do cerebelo é a porção mediana e ímpar do cerebelo, ligada a duas massas laterais que são os hemisférios cerebelares, estes são divididos em lóbulos, sua estrutura arvore da vida é vista num corte sagital, ela é dividida em pequenas áreas conhecidas como lóbulos cerebelares; o conjunto desses lóbulos formam regiões maiores denominados lobos e o marco limite entre um lóbo e outro são os sulcos mais aprofundados conhecidos como fissuras.


           MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003

De cranial para caudal o primeiro lóbulo de substancia cinzenta é chamado de língula, próxima a ele o lóbulo centro, entre eles tem a fissura pré-central. Após o lóbulo central tem outra fissura chamada pré-cuminar que separa o lóbulo central da região ampla chamada de cúmen. A próxima fissura é chamada prima que surge num período bem precário no desenvolvimento embrionário. Ela separa o cúmen do lóbulo declive. A fissura prima é a segunda a surgir no desenvolvimento do cerebelo, ela delimita o conjunto de três lóbulos a língula, o central e o cúmen, os três formam o lobo anterior do cerebelo. A fissura clival separa a declive da fissura folium e em seguida fissura horizontal ela separa o folium do lóbulo seguinte tuber sendo maior que o folium. A tuber é separado do lóbulo pirâmide pela fissura pré pirâmide da úvula, esta é desenvolvida e separada do lóbulo mais inferior que é o nódulo pela fissura póstero-anterior, ela é a primeira que surge no processo evolutivo, ela separa a parte mais primitiva do nódulo que chamada de arque-cerebelo da região chamada de lóbulo-posterior, essas duas regiões são mais desenvolvidas no cerebelo humano é separado pela fissura prima do lóbulo anterior.


MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003

O cerebelo é dividido em vários lóbulos e em três lobos: anterior, posterior e aque-cerebelo, como citado acima; fica repousado sobre a fossa cerebelar do osso occipital e ele é separado do lobo occipital do cérebro por uma prega da dura-máter que forma a foice do cerebelo. O cerebelo se liga ao tronco encefálico através dos pedúnculos cerebelares inferior médio e superior
Todo o cerebelo é delimitado por pequenos sulcos que são predominantemente transversais, eles delimitam umas laminas finas que são chamadas de folhas do cerebelo. Alem disso tem alguns sulcos que são mais proeminentes como as fissuras, elas delimitam lóbulo e cada lóbulo tem varias folhas.
A fissura póstero-lateral divide o cerebelo em lobo flóculo-nodular e corpo do cerebelo. O nódulo é a ultima parte do vérmis localizado acima do teto do IV ventrículo, já o flóculo que é a eminência que sai do nódulo, ele é alongado transversalmente para nódulo pelo pedúnculo do flóculo. A junção dos dois flóculos ao nódulo é chamado de lobo flóculo nodular.
O corpo do cerebelo é dividido pelas fissuras prima em lobo anterior e posterior.




            MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003

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