O cerebelo apresenta uma estrutura
globosa, ocupa posição posterior ao tronco cefálico, inferior ao cérebro,
ocupando boa parte da fossa posterior do crânio, cerca de um quarto do volume
craniano no homem. Sua posição tem relação especial com o IV ventrículo. O
tronco cefálico forma o assoalho do IV ventrículo e o cerebelo é o teto do
quarto ventrículo. Sua parte externa é chamada de córtex cerebelar e é
constituída de substância cinza a parte mais interna por substância branca onde
são encontrados núcleos nervosos. (LENT, 2001 apud BASTOS et al., 2003).
Dividido
em cerebelar direito e esquerdo, sua principal função é a coordenação motora e
equilíbrio. Mais recentemente descobriu-se
que o cerebelo não atuaria somente no controle dos movimentos, mas participaria
ainda de funções mentais do indivíduo durante tarefas motoras de natureza
superior: linguagem, aprendizagem de movimentos complexos, execução de
movimentos com conteúdo emocional etc (Lent, 2001). (BASTOS et al., 2013 p.92)
A
divisão cerebelar pode ser estudada pela linha média, estudo do vérmis
cerebelar. O Vérmis do cerebelo é a porção mediana e ímpar do cerebelo, ligada
a duas massas laterais que são os hemisférios cerebelares, estes são divididos
em lóbulos, sua estrutura arvore da vida é vista num corte sagital, ela é
dividida em pequenas áreas conhecidas como lóbulos cerebelares; o conjunto
desses lóbulos formam regiões maiores denominados lobos e o marco limite entre
um lóbo e outro são os sulcos mais aprofundados conhecidos como fissuras.
MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia
funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003
De cranial para caudal o primeiro lóbulo de
substancia cinzenta é chamado de língula, próxima a ele o lóbulo centro, entre
eles tem a fissura pré-central. Após o lóbulo central tem outra fissura chamada
pré-cuminar que separa o lóbulo central da região ampla chamada de cúmen. A
próxima fissura é chamada prima que surge num período bem precário no desenvolvimento
embrionário. Ela separa o cúmen do lóbulo declive. A fissura prima é a segunda
a surgir no desenvolvimento do cerebelo, ela delimita o conjunto de três
lóbulos a língula, o central e o cúmen, os três formam o lobo anterior do cerebelo.
A fissura clival separa a declive da fissura folium e em seguida fissura
horizontal ela separa o folium do lóbulo seguinte tuber sendo maior que o
folium. A tuber é separado do lóbulo pirâmide pela fissura pré pirâmide da
úvula, esta é desenvolvida e separada do lóbulo mais inferior que é o nódulo
pela fissura póstero-anterior, ela é a primeira que surge no processo
evolutivo, ela separa a parte mais primitiva do nódulo que chamada de arque-cerebelo
da região chamada de lóbulo-posterior, essas duas regiões são mais desenvolvidas
no cerebelo humano é separado pela fissura prima do lóbulo anterior.
MACHADO,
M.B.A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003
O cerebelo é dividido em vários lóbulos e em três lobos:
anterior, posterior e aque-cerebelo, como citado acima; fica repousado sobre a
fossa cerebelar do osso occipital e ele é separado do lobo occipital do cérebro
por uma prega da dura-máter que forma a foice do cerebelo. O cerebelo se liga
ao tronco encefálico através dos pedúnculos cerebelares inferior médio e
superior
Todo o cerebelo é delimitado por pequenos sulcos que
são predominantemente transversais, eles delimitam umas laminas finas que são
chamadas de folhas do cerebelo. Alem disso tem alguns sulcos que são mais
proeminentes como as fissuras, elas delimitam lóbulo e cada lóbulo tem varias
folhas.
A fissura póstero-lateral divide o cerebelo em lobo
flóculo-nodular e corpo do cerebelo. O nódulo é a ultima parte do vérmis
localizado acima do teto do IV ventrículo, já o flóculo que é a eminência que
sai do nódulo, ele é alongado transversalmente para nódulo pelo pedúnculo do
flóculo. A junção dos dois flóculos ao nódulo é chamado de lobo flóculo
nodular.
O corpo do cerebelo é dividido pelas fissuras prima
em lobo anterior e posterior.
MACHADO, M.B.A. Neuroanatomia
funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003
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